segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Algum Lugar Qualquer

Algum lugar qualquer, é a frase do dia.

Sabe quando de repente aquela rotina maluca onde existe uma mistura de festa, bebida, algum estudo e uma vida pseudo-intelectual se transforma de repente em algo novo, quieto e sossegado quase o retrato de um eremita num monte!

Alguém um dia num acesso ao portão principal da raiva no decorrer de uma das aventuras xingou dizendo em alto e bom tom: "Tu é um hipócrita! Pensas só em ti! Egoísta! Acha que o mundo gira ao teu redor!". Pois bem se isso se constitui como fato ou como mera hipótese, não sei afirmar, mas que até o momento ser egoísta e ego-centrista está me ajudado a viver sozinho isto está!

Confesso que ainda não encontrei utilidade justificável para minha hipocrisia, mas quem sabe um dia ela se justifique por si! O caso é que a cidade relativamente grande se transformou em vilarejo, qualquer coisa como retratada nos filmes como o interior do novo México, um retiro de fugitivos ou coisa assim!

A questão é que apesar de ainda manter um estilo errante o espelho mostra o marasmo na personalidade agitada, o lado negro da força, a questão é saber quem vence! E também de descobrir pra que lado está voltado a torcida das pessoas que gosto, se preferem o eu da festa pirracento, beberrão, sempre sorridente, ou o eu mais tranqüilo, pensativo concentrado em coisas pessoais, com um sorriso mais centrado.

Mas que nada como diz o velho ditado (velho nada acabo de pensar nisso) deixemos nossas fraquezas de lado, fumemos enquanto temos pulmão e bebamos enquanto temos fígado!! E o mais importante escrevam enquanto ainda nos resta um mínimo de intelecto!

Anda Tudo Tão Vulgar!

Anda tudo tão vulgar, tão simplório! Houve uma época em que, por mais que muita gente não se recorde, ser melancólico era legal, era um estilo, era uma postura política, era uma forma real de levar a vida. Nessa época falar de amor era lindo e doloroso, se escrevia sorrindo e com lagrimas nos olhos, se ouvia as canções com a maior atenção para que não passasse nenhuma palavra sequer, foi a época em que houve o maior acumulo de capital intelectual melancólico que já passou a humanidade. As coisas tinham um tempo para acontecer e isso era respeitado.

Usar drogas também estava nesse contexto, se usava para fugir do sofrimento, para agüentar a dor que se sentia, para poder questionar o poder, para poder lutar contra as grades que monopolizam a cultura, ser "drogado" era sinônimo de estar fora daquela caretice quadrada que sustentava tudo, era ser reacionário!

Hoje em dia a coisa está atravessada, a pressa não nos deixa pensar sobre nada, as músicas passaram de longos riff’s e seus 8, 10, 16 minutos para singles de no máximo 3 minutos onde só o que importa é o ritmo, seja ele qual for, as letras das músicas não interessam, desde que rimem, e as vezes nem isso é necessário, basta uma palavra “você, você, você, você, . . .” as palavras da literatura são jogadas de qualquer forma no papel, e são em sua grande maioria coisas que tratam dos ideais de felicidade e receitas prontas para mudar o que se sente, não se escreve mais sobre o que se passa, mas sim em como mudar o que está ai. Como trazer o seu amor, como melhorar a sua vida, como ficar rico, o que pensam os homens, o que sentem as mulheres, por mais que tenhamos autores muito bons o mercado só vende isso!

Drogas não são mais formas de se expressar e representar uma cultura. São apenas subterfúgios para afogar o que ainda resta se sujeito nas pessoas. O rock está decaído enquanto movimento, a literatura está caída enquanto movimento, as drogas estão antiquadas enquanto movimento. Salvo raras exceções ta tudo muito “Neo-Cult” e isso tá cada vez mais vazio!

Viva sua dor, use sua droga, ouça sua música, escreva seus sentimentos. Mas não minimize esses atos a meras descrições convencionais, capriche para que tenha um minimo de sentimento na expressão cultural que você escolher, lhe garanto que as gerações que virão irão lhe agradecer!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

All You Need is Love

Dos meus andejos pela vida passei em frente a uma casa aqui na vizinhança onde sei que moram várias crianças/pré-adolescentes/adolescentes . . . como queiram chamar! Exatamente na frente do sopé de uma das janelas que dá para a rua havia um escrito com giz no chão, escrito esse que deve ter sido feito com pedaços de giz que sobrara na lousa da sala de aula, roubados em segredo após a turma sair, isso para que pudesse fazer daquele pequeno delito um ato de demonstração de carinho!

O que esse giz escreveu no diante da janela, na rua, a vista de todos que passaram por ali era uma frase mais ou menos assim: “TE AMO, FULANA, TE AMO MUITO, AMO DEMAIS!”, quando passei minha primeira reação foi uma breve negativa com a cabeça e um leve sorriso sarcástico no canto da boca.

Uns três passos a depois me senti a pior alma que vagava pela terra, minha desaprovação não vinha da calçada “suja”, mas sim da declaração!

E só ai que me dei conta, estamos todos muito descrentes nessa singela e poderosa declaração, isso mesmo, nós os adultos/adolescentes/jovens adultos/velhos, seja lá como for que se chama. Em primeiro lugar eu não tenho o menor direito de rir e permitir que passasse pela minha cabeça que aquilo era uma bobagem, existem muitas formas de amor! E em segundo lugar, não pretendo matar a esperança que o amor exista entre duas pessoas, não quero matar isso em mim e muito menos nos outros!






terça-feira, 26 de julho de 2011

Momento desabafo!

Uma breve saída do meu refúgio de duração não muito maior que 24 horas! Durante essa epopéia cansativa (ou indiada mesmo) entrei em contato com uma raça superior, ou supostamente superior. Os temidos profissionais da letra feia! Sim os médicos! Conheci um rapaz no ônibus arrogante a tal ponto que se dava ao direito de querer conversar no meio da madrugada sem se preocupar se alguém queria dormir, o importante é que ele queria conversar. Quando disse qual era minha profissão reagiu como que dizendo “Ah, isso ai que você faz”, e como que numa tentativa de testar meu saber ele fez com que conhecesse a pessoa mais tapada da face da terra, alguém que se afogava de tal forma na sua arrogância que esqueceu que depois do vestibular a gente tem de seguir estudando.

O meu segundo encontro com a terrível e temida classe foi em um café, onde estava esperando (por algumas horas já) o meu horário enquanto tomava um café bem quente e lia um livro.

Quatro meninas, todas rodando seus 18/19 anos recém iniciadas na carreira médica (meras ingressantes do curso), que se interessaram pelo que eu lia fizeram um comentário e então puxei conversa.

Bom se não tivesse feito, assim sairia daquele lugar com a imagem bela de 4 meninas lindas conversando e rindo! Elas tinham uma capacidade incrível de falar mal dos outros, principalmente daqueles “coitadinhos que vão tentar passar ano que vem de novo”. Tinham uma classe ao ser assim que já estavam, aos meus olhos, formadas e com mestrado em medicina!

Fique claro! Não acredito que todos os médicos sejam assim, apenas 90% deles! A questão que fica é que as pessoas escolhem medicina não pelo fato de que isso tem a ver com seu desejo e sim porque é uma forma fácil e bacana de ganhar bem e adquirir status social . . . e no fundo não se dão conta que são uns merdas!

Nossos queridos deputados!

Estava eu jantando tranquilamente e assistindo o Jornal Nacional quando passou mais um episódio da velha novela do Deputado Jair Bolsonaro. A história que ele defende é velha, não cabe a mim relatar ela novamente.

Confesso que achei engraçado quando ele discutindo com a Senadora Marta Suplicy disse que ela era “Heterofóbica”, algo que sem a menor dúvida nem ele acredita, disse apenas para reforçar mais um traço da sua personalidade, o Machismo!

É de longa data que a luta dele é contra homossexuais, e que ele se recusa a discutir o assunto de forma séria quando esta diante de um homossexual ou de uma mulher.

Enfim, o motivo que me motivou a escrever sobre isso é o fato de que ele não está sozinho nessa loucura! Há muita gente que concorda com ele, por mais absurdo que seja!

E sabe de quem é a culpa disto? A culpa de em pleno ano de 2011 termos de conviver com esse tipo de coisa mesmo tendo inúmeros exemplos na história da humanidade desse preconceitos tolos contra classes distintas das tradicionais (patriarcais, famílias nucleares, religião, etc. . .). A culpa disto tudo é nossa!

Nós jovens que nos indignamos com isso e que calamos, talvez até escrevamos um e-mail, mudemos a frase no Orkut, coloquemos algo no twitter, e damos nossa tarefa como concluída!

A culpa é da geração de 68 que sacudiu o Brasil (para não falar no resto do mundo), e que permitiu que o país continuasse na ignorância, a culpa é de pessoas que serviram como referência de luta nas décadas de 60/70 e que hoje estão no poder como senadores, deputados. . . . mas vivem na sombra de uma luta que já terminou, são como nós que escrevemos um e-mail e nos damos por satisfeitos!

Procuro ser positivo! Acredito que essas manifestações machistas, homofóbicas, tradicionais, sejam até boas! Pois estamos falhando no dever de ensinar o certo através do amor nas escolas, então talvez sofrendo, pela dor, pelo preconceito e discriminação, pelo que considero errado a gente aprenda a lidar com as questões de ordem social.

Eu me sacrifico a sangrar discutindo com preconceituosos para que meu filho aprenda um dia através de uma educação consistente que as diferenças servem apenas para a gente ampliar nosso ponto de vista e as formas de nos relacionarmos com o outro.

Será??!!??

Fantasmas rondam minha cabeça! Qual foi a solução encontrada em curto prazo?? Sim ressuscitar o blog, e faço isso trazendo vários textos, alguns inclusive bem antigos.

A principal razão de eu retornar a escrever é alguns acontecimentos e idéias que apareceram de repente, ou reapareceram, sei lá!

Um deles é o fato de eu começar a lembrar de sonhos, sonhos esses sempre relacionados com mulheres e com mais um ponto em comum, nos sonhos não consigo me achar o pegador ou comedor, muito pelo contrario, o foco está sempre na conquista (velho dilema!) onde depois de conquistar a menina sempre tenho um sentimento maravilhoso de que agora sim posso relaxar e aproveitar!

Não é uma coisa comum, geralmente nos relatos que ouço as ênfases estão no sexo, na fúria carnal e essas coisas. Em meus sonhos me satisfaço apenas em ter alguém e gozar com/dessa/nessa pessoa!

(Não explicarei o termo gozar, fica mais interessante se cada um der a ele seu valor!)

E daí também o título do post! SERÁ que esse sonho é bom assim só no sonho ou será que talvez na realidade . . . . Será?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Qual o contrário do adjetivo “seguro”?

Por muitas vezes os momentos mais importantes das vidas das pessoas são aqueles quando se questionam quanto ao período em que vivem, colocando a si mesmos na berlinda, pensando sobre seus atos e se responsabilizando por suas ações, não vivendo no piloto automático. É a partir dessas situações que um homem faz um pedido de casamento, que uma mulher decide ser mãe, que um neurótico sofre e decide entrar em análise. Era esse o momento vivido pelo jovem, questionando seus momentos, onde diante de seus possíveis relacionamentos simplesmente foge, não se apega, nega o fato de que há uma possibilidade de estar apaixonado, refuta isso com veemência, quase ofendido e isso durante muito tempo.

Mas essa terça feira é diferente, ele acorda na madrugada depois de um suor horrendo embaixo das suas cobertas como se o próprio sol estivesse nas entranhas daquele edredom. Acorda tão desperto que parece que nem dormia. Se sonhava não lembra, nem o menor resquício de sono, como se Hipnos e sua flauta jamais tivessem passado por aquele quarto. Diante desta situação ele começa apensar nos últimos anos em todas as mulheres que passaram por suas mãos, umas belas, outras nem tanto, umas inteligentes, outras nem tanto, umas realmente não significaram praticamente nada, outras muitas que nem lembra, e algumas especiais, sim mulheres que viveram no seu mundo em tempos diferentes e tiveram um grande significado e sabe se lá porque motivo as deixou escapar, não conseguiu investir.

Existe uma música da banda Tihuana que diz assim “mas eu nunca quis a segurança de quem não arrisca nada . . .” ele sempre levou isso como lema, porém fazem muitos anos que isso não se estende à sua vida amorosa. Procurou por muitas horas o motivo em cada uma das situações para ter agido dessa forma.

Ao amanhecer não encontrou resposta e prometeu não deixar escapar mais nenhuma possibilidade, pois mesmo que ele estivesse disposto a esperar isso não podia se pedir as meninas, cada um dá a vida o ritmo que acha que ela merece.

O engraçado dessa história é que mesmo com a promessa ele continua deixando escapar belas e interessantes mulheres, deixando correr intencionalmente por entre seus dedos possibilidades de amores. Creio que duas são as possíveis causas, ou ele está em um momento que seus relacionamentos se resumem a paixão, quentura, ou a outra seria a resposta para a pergunta do início, palavra que não ouso pronunciar.