Uma simples viagem, como as que de costume o jovem faz, indo e vindo de sua biblioteca e escritório até seu trabalho. Absolutamente nada fora da rotina, uma viagem de ônibus de duração aproximada de quarenta e cinco minutos onde os subterfúgios para matar o tempo são sempre dois, e os mesmos de toda a sua vida dentro de um ônibus. Ou a leitura, tanto no que diz de poesia ou literatura quanto teoria pesada, ou então “ouvir música”, ouvir entre aspas pelo fato de que elas são escolhidas aleatoriamente em seu computador, jogadas sem ordem alguma para o seu MP3, e de toda forma servem apenas para abafar o barulho do motor, visto que dorme assim mais fácil .
O que aconteceu desta vez foi que ele teve uma grande prova do poder do seu inconsciente, visto que já dormia por mais de vinte minutos no ônibus, entre o estado de atenção e o de sono, como num transe, um topor entre o mundo onírico e o alucinatório.
Uma música toca. Música essa que o faz sentir de repente diversas sensações, seu coração dispara como se tivessem lhe injetado uma seringa de adrenalina na coronária. Ele não abre o olho, mas sente todo o seu corpo palpitar de forma esquisita e sem ordem, sente os poros se abrirem por todo o corpo e derramar suor aos montes por todos os lados, ele nem pensa nisso, apenas sente, é todo sensação como a criança que chora de desconforto sem saber definir se a causa é fome ou frio ou sei lá o que.
Terminado o turbilhão de sensações começa outro desconforto, o gerado pela tentativa de encontrar a causa disso, não associava a música a ninguém, nem conseguia aproximar as sensações de algo já vivido, como se tivesse pela primeira vez na vida gozado através da música, e não um gozo sexual, mas sim um gozo que a origem, a intensidade e a forma surpreendente como ocorreu assustou de tal maneira que achou melhor nem pensar muito sobre isso.
Que as questões inconscientes fiquem assim, se manifestando de forma mascarada. Assim sabemos ao menos que ainda não psicotizamos.
O que aconteceu desta vez foi que ele teve uma grande prova do poder do seu inconsciente, visto que já dormia por mais de vinte minutos no ônibus, entre o estado de atenção e o de sono, como num transe, um topor entre o mundo onírico e o alucinatório.
Uma música toca. Música essa que o faz sentir de repente diversas sensações, seu coração dispara como se tivessem lhe injetado uma seringa de adrenalina na coronária. Ele não abre o olho, mas sente todo o seu corpo palpitar de forma esquisita e sem ordem, sente os poros se abrirem por todo o corpo e derramar suor aos montes por todos os lados, ele nem pensa nisso, apenas sente, é todo sensação como a criança que chora de desconforto sem saber definir se a causa é fome ou frio ou sei lá o que.
Terminado o turbilhão de sensações começa outro desconforto, o gerado pela tentativa de encontrar a causa disso, não associava a música a ninguém, nem conseguia aproximar as sensações de algo já vivido, como se tivesse pela primeira vez na vida gozado através da música, e não um gozo sexual, mas sim um gozo que a origem, a intensidade e a forma surpreendente como ocorreu assustou de tal maneira que achou melhor nem pensar muito sobre isso.
Que as questões inconscientes fiquem assim, se manifestando de forma mascarada. Assim sabemos ao menos que ainda não psicotizamos.
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